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Trombose: entenda a condição e como se cuidar

A trombose venosa, condição que atingiu recentemente o prefeito da cidade de São Paulo Bruno Covas, é a formação de coágulos de sangue nas veias das pernas. A trombose venosa pode ter várias causas. Quando houver alteração da coagulabilidade sanguínea, da velocidade do sangue dentro dos vasos e da qualidade da parede do vaso, existe a chance de formação de trombos.

Os indivíduos mais propícios a desenvolverem trombose venosa são aqueles portadores de fatores de risco como neoplasias (câncer de intestino, pulmão, próstata e mama por exemplo), imobilidade temporária ou definitiva, obesidade, idade avançada, infecção, insuficiência cardíaca e varizes, entre outras.

A trombose pode ser a primeira indicação de que há câncer em atividade. Pacientes até então sem sintomas do câncer apresentam como primeira manifestação da doença a trombose venosa, devido a um estado de maior propensão a desenvolver coágulos. Assim, ela é a chamada de síndrome para-neoplásica.

Entretanto, tal complicação pode acontecer em decorrência da trombofilia, que é a predisposição para formação de coágulos no sistema vascular. Outros fatores, como uso de anticoncepcional, tabagismo e obesidade podem contribuir para a formação de coágulos.

Nos últimos anos, os casos de trombose obtiveram um aumento que, de acordo com o cirurgião vascular do Hospital HCor, Dr. Gilberto Narchi, esse crescimento se deu pelos avanços no diagnóstico laboratorial. “A utilização de exames de imagem, como ultrassom vascular e tomografia, identificam a trombose venosa em pequenos vasos que, a olho nu, não são evidentes”, acrescenta. “Também suspeitamos de trombofilia em casos de trombose em pacientes com menos de 45 anos, que são jovens”, completa.

De acordo com o especialista, no estado gestacional, as mulheres tendem a maior incidência de eventos trombóticos devido às variações hormonais, mesmo sem fator hereditário envolvido. Já em idade mais avançada, os homens têm incidência pouco maior.

Sintomas, complicações e como diagnosticar trombose

Os sintomas da trombose são os decorrentes do local e extensão do trombo, sendo os mais frequentes dor e edema em membros inferiores – local este de maior acometimento. Pode ocorrer em membros superiores, em vasos intra-abdominais e até cerebrais.

No entanto, é válido ficar atento a situações que apresentem dor nas pernas ao caminhar, de repouso ou parada, inchaço de apenas um membro e pele azulada no local, além de dor e endurecimento de alguma veia. Estes podem ser alguns sintomas, mas não significa que o diagnóstico seja obrigatoriamente de trombose, segundo o especialista. “É necessária avaliação médica e exames específicos”, explica o Dr. Narchi.

Uma das principais complicações da trombose é a embolia pulmonar, que é quando um vaso sanguíneo do pulmão é obstruído por um coágulo de sangue. Geralmente, esse coágulo vem, por meio da corrente sanguínea, de outras partes do corpo, principalmente das pernas. Parece ser esta o quadro que acometeu o prefeito de São Paulo. Em número pequeno de casos, a embolia pode ser fatal, por isso, é necessário monitoramento médico.

A prevenção pode ser feita no dia a dia, ao fazer exercícios com regularidade, ingerir bastante líquido, evitar o consumo de bebida alcoólica e ter uma alimentação saudável. Além disso, acompanhamento médico é fundamental para diagnósticos precoces.

“Os fatores que minimizam os casos de trombose é manter-se bem hidratado e evitar longos períodos de imobilidade, como acontece em viagens prolongadas de avião. Além disso, em alguns casos e dependendo da situação do paciente, recomenda-se o acompanhamento médico com vascular, hematologista ou obstetra de alto risco”, indica Dr. Gilberto.

Foto: Shutterstock


Não se automedique, consulte um profissional de saúde.

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