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Planejando o próximo ano

Gosto do mês de janeiro. Ele é mágico, pois há verão, férias e até menos trânsito. É o mês de renovar as expectativas para o ano que se inicia. É como a segunda-feira para quem faz dieta.

Com uma empresa é igual: em dezembro, já se espera janeiro. “No ano que vem, a gente vê isso” ou “Agora não adianta fazer nada de diferente”. O mês de dezembro traz certa paralisia quando o assunto é aumento de lucro.

Explico-me. Mês de dezembro é culturalmente o mês de “correria”. Tudo o que não foi feito durante os últimos 11 meses o será em dezembro. Depois das 23h59 do dia 31 tudo se acaba e tudo começa novamente. Claro! Janeiro chegou! Tudo novo!

Mas como a mão que afaga é a mesma que bate, janeiro também traz Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), a fatura do cartão de dezembro, matrícula da escola. Traz os impostos trimestrais (para aqueles que são lucro presumido) e, em algumas regiões, menor fluxo na loja. Em janeiro se gasta mais e se ganha menos.

Epa! Mas e a magia?

Se você não cursa mais a escola e tem aquele alívio de ser aprovado (chamávamos isto de passar de ano), a magia do mês de janeiro só existe quando sua empresa utiliza o que chamamos planejamento. Refiro-me a orçamento.

Orçamento é o planejamento mais simples e básico que qualquer empresa precisa ter para que sempre cresça e tenha cada vez mais lucro. Ainda mais em um setor dinâmico como o varejo farmacêutico. Quanto vai vender? Quanto vai gastar? Quanto vai sobrar? Sem isso, tem-se a sensação de que o negócio não dá lucro.

Na verdade, o que existe é falta de orçamento. Quem nunca se deixou seduzir pela proposta de comprar um determinado produto 30% mais barato, desde que dobrasse o volume da compra? Coisas assim acontecem.

O ímpeto pelo bom negócio é tão grande que não se considera o tempo que esse estoque vai ficar na loja nem as ações necessárias para acelerar a venda desses produtos.

“Do couro sai a correia.” Como o farmacista vai honrar com seus compromissos se não vender? Tirar do seu lucro para pagar “o mico” daquela compra “muito boa”? Deixar de pagar? Meses de março e abril são ricos em situações como essa…

Voltando a dezembro: independente de qual mês seja, sempre é tempo de olhar para o negócio. O melhor momento para melhorar seu negócio é agora. A vida não para em dezembro para recomeçar em janeiro. Com uma empresa acontece o mesmo.

Você já tem uma provisão de caixa para todos os meses de 2017? Você já sabe qual o crescimento esperado para 2017 e como vai conseguir isso? Você já sabe quais parceiros estratégicos vão te ajudar a crescer? Você já sabe quanto seu negócio terá de lucro em 2017 e o quanto você e sua família poderão usufruir disto?

Se você respondeu sim a essas perguntas, seu negócio viverá a magia não apenas no mês de janeiro, mas em todos os meses do ano.

Boas-Festas!

Autor: Luiz Muniz Diretor da Telos Resultados, engenheiro químico, mestre em Estratégia de Operações e especialista em empresas familiares, fez parte da equipe da Falconi Consultores de Resultados

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